quarta-feira, 23 de abril de 2008

A BONECA DE PANO


Depois de muito tempo pensando para onde queria ir a Boneca de pano, levada pelas circunstâncias do destino, sem nem puder escolher, foi levada pelo vento. Chegou na Pseudolândia, onde o vento a deixou. Pseudolândia era uma terra mágica, onde não se era proibido sonhar, pensar, falar e amar.
Lá conheceu vários moradores novos, que também tinham ido parar ali por causa do vento, vento que nesse lugar sempre sopra frio, nessa terra onde todos eram livres.
Rapidamente boneca de pano fez novos amigos, juntos traçaram metas, sonharam e fizeram promessas. Os risos eram constantes, as expressões verdadeiras de alegria, confiança e amizade podiam ser percebidas a cada quadro pintando à mão com tinta guache! Eles criaram rituais, cantos e danças. Tudo era motivo para uma festa... Mas o que na Pseudolândia não era perfeito?
Ah! O por-do-sol? O mais perfeito de todo o universo! Rosadoavermelhadoalaranjadoamareladoarroxeadoazulado. Mais parecia um arco-íris dissolvido na água das nuvens do céu, borrando todo o horizonte com as cores da alegria.
Às vezes, iam e vinham, pra lá e pra cá. Conheceram vários mundos, mas sempre voltavam pra Pseudolândia cheios de histórias pra contar das aventuras extraordinárias vividas em cada um desses lugares.
Mas o tempo passou...
Pseudolândia começou a ficar diferente, os ventos que por ali passavam agora traziam pingos de chuva cor de chumbo.
Os pseudoscidadãos haviam mudado, a cada pingo que caia algo acontecia. A discórdia, a inveja, a ambição, a disputa começaram a se espalhar pela terra mágica! Boneca de Pano , sem saber o que fazer fechou os olhos e chorou... Adormeceu.
Ao acordar percebeu que tudo tinha acabado. No seu coraçãozinho de retalhos costurados com linha verde, sentia um aperto angustiante. Não havia mais por-do-sol bonito. Não havia dança, canto, sorrisos nem alegria. Os rostinhos inocentes e cheios de brilho haviam se apagado. O vento parecia soprar ainda mais frio.
Metade dos seus amigos sumiu, outro tanto virou pedra, os demais a desprezam, alguns poucos, ao seu lado, observam perplexos o fim do encanto. Nos olhinhos de botão, a tristeza se revela. O que restou foi saudade, dos tempos da inocência colorida, manchados pela chuva cor de chumbo.
Um vento sopra baixinho no ouvido da Boneca de Pano... “A vida é feita de muitos sonhos, mas entre um e outro a gente tem que acordar...”
Acordada, a Boneca de Pano agora espera outro vento, que a leve para bem longe... Onde possa voltar a sonhar. ( Até que a chuva caia)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

FUTURO HOMEM


É feliz

o menino que brinca

na rua...

de bola...

de esconde...

e picula...

É tranquilo

o sono do menino

debaixo das estrelas

que olham...

e cuidam...

do menino

É incerto

o futuro do menino

que hoje brinca...

dorme...

e sonha...

É segredo dos anjos

seu caminho

Se tornará triste o menino?

domingo, 20 de abril de 2008

A REVOLUÇÃO DAS MÁQUINAS JÁ COMEÇOU?

Estava cheia de idéias pra escrever no blog, mas parece que ele agora tem vida própria. Queria editar umas coisas mas estava travando e dando erro toda hora!
A revolução das máquinas deve ter começado... Ele deve ter ficado "sentido" com o abandono de dois meses e agora está se vingando, mostrando que eu não mando em mais nada por aqui! hahaha
Qual será o próximo passo?
Tomara que meu blog não comece a me difamar!