terça-feira, 18 de setembro de 2007

O CARTEIRO E O POETA - POESIA A FLOR DA PELE


A construção de uma inusitada amizade, a busca pelo amor e pela aceitação e a poesia. Esses são os principais temas do filme O carteiro e o poeta , do diretor Michael Radford.
O filme é de 1994, mas acho que nunca é tarde para se assistir essas preciosidades, e fiz isso hoje.
A história se passa numa ilha da costa italiana, onde o poeta chileno Pablo Neruda viveu por um tempo no período em que esteve exilado do seu país por ser comunista e mostra como nasceu a amizade entre um simples carteiro que entregava as cartas para Neruda e o grande poeta.
Mario Ruoppolo, o carteiro filho de pesacadores, encontra no poeta um amigo e conselheiro que lhe apresenta o mágico mundo da poesia, ensinando-lhe como fazer metáforas ao mesmo passo que o ajuda a conquistar a bela Beatrice, que despertou os sentimentos mais puros e ingênuos do seu coração.
Durante as conversas entre os dois ,Pablo Neruda o " grande poeta do amor"influencia o humilde amigo a refletir para as questões a respeito da luta contra as opressões e busca da igualdade entre os cidadãos. E são justamente questões políticas que cuidam do desfecho da história e de uma das cenas mais emocionentes do filme.
A fotografia do filme, e a trilha sonora são pontos de destaque do filme devido a sua excelência, que não destoam da maravilhosa atuação de Massimo Troisi, que interpreta o carteiro.
Uma injeção de poesia. Poesia que acabamos deixando perdida na correria do dia-a-dia, mas que sempre está ali, a nossa volta, no lugar onde vivemos, nas pessoas que conhecemos e dentro de nós mesmos. Emoção garantida!
Para quem me conhece fica fácil saber como o filme é maravilhoso ...
Solucei de tanto chorar durante o filme e depois que acabou ainda fiquei meia hora chorando. Sem falar na vontade louca de largar tudo e viver de escrever poesia sentada na beira do mar.
Um ótimo filme para qualquer hora, até numa manhã de terça -feira no final do inverno!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

JORNALISTAS E O CONFLITO: ÉTICA X COMPORTAMENTO HUMANO



“Um jornalista para ser ético não deve ser só na sua profissão; ele deve ser um filho ético, um namorado ético, um amigo ético”.
Essas palavras de Felipe Pena durante uma palestra no INTERCOM 2006, chamam a atenção para uma discussão: Há como dissociar um jornalista “ético” do seu comportamento como humano?
A ética profissional e a ética pessoal e individual nunca devem estar separadas. Se um indivíduo é um bom profissional, que busca a ética em seu trabalho, mas trai a sua mulher, por exemplo, a sua conduta deve ser colocada em dúvida.
Se esse profissional não está preocupado com as pessoas que são mais próximas, qual será o comprometimento dele com a sociedade?
O que se vê atualmente são profissionais da comunicação buscando a ascensão no emprego, almejando o status de celebridade e causando grandes transtornos sociais. Como o exemplo retratado em um filme.
Jornalistas como Stephen Glass, do filme O Preço de uma Verdade, não são raros. Até porque o personagem do filme de Billy Ray é baseado numa história real.
O jovem gênio que evoluiu rapidamente de um mero redator em Washington a um redator freelancer da grande revista The New Republic, a cada dia ficava mais famoso por conta dos artigos que escrevia, porém viu a sua carreira acabar de repente, quando descobriram que 27 dos 47 artigos que tinha escrito eram forjados. As mentiras eram tão grandes que até as provas e fontes eram tramadas.
Profissionais como estes que costurados ao individualismo, cada vez mais presente nas redações, transferem-se do posto de comunicador e transmissor da verdade para o de contador de histórias mirabolantes, tudo isso por causa da sede do sucesso.
Mas essa não é só uma questão de individualismo, por mais que este seja um dos principais propulsores dos desvios de conduta. Os jornalistas são humanos, que passam por dilemas e conflitos internos como qualquer pessoa. Esses profissionais vivem uma briga pessoal e diária entre a ética e a profissão. Não é fácil viver num meio onde o que mais se valoriza são os fatos e que valores como amizade e lealdade são sempre deixados em segundo plano e por fim ainda se é cobrado da sociedade ética. Ser jornalista é muito mais difícil do que se imagina.
A rivalidade entre os profissionais e a competição entre os meios de comunicação, conflitos entre editores, jornalistas e os veículos também fazem parte dessa gama de contradições que levam na maioria das vezes a projeção da notícia ficar acima da ética profissional e humana.
O que acaba sendo esquecido é que esses profissionais da comunicação também fazem parte da sociedade e que os reflexos do que se é transmitido por eles também os atinge.
Mesmo com todos esses conflitos existentes no meio jornalístico, não se justifica a ato de forjar verdades, adornar acontecimentos em nome da projeção pessoal.
O jornalismo/jornalista deveria proteger a liberdade dos cidadãos ao revelar a verdade, mas essa verdade se afasta cada vez mais do seio da sociedade.É claro que a verdade absoluta não existe, por mais que se busque a imparcialidade na transmissão de notícias, cada profissional de posse das subjetividades individuais que são intrínsecas de todo ser humano, conta o fato sob a sua ótica. Mas o que nunca pode ser deixado de lado são os princípios éticos, que se seguidos não permitem que o direito do outro seja ferido.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

PROCURA-SE UM ESTÁGIO

Tem fichas que demoram a cair... Uma dessas caiu de verdade agora no final de agosto. PRECISO ESTAGIAR NA MINHA ÁREA.
Nesses últimos seis semestres, me envolvi com as apostilas, aulas , trabalhos, congressos, movimento estudantil... E a prática? Ficou onde?
Já tive algumas oportunidades,é verdade, mas que não foram suficientes para que eu pudesse sentir realmente o que é ser jornalista.
Asprimeiras xperiências foram na disciplina Jornalismo impresso I e II. Junto com os colegas produzimos três jornais. Tive experiência como fotógrafa, repórter , editora e produtora. Foi legal, mas o tempo de produção até a impressão era imenso (problemas de universidade pública).
Na segunda experiência senti na pele o peso da responsabilidade. Com a indicação do meu Profº Direceu Góes, fui chamada para fazer a cobertura de um campeonato de surf em Itacaré, "Circuito Cidade Surf", como repórter do Taking surf (um jornal especializado em surf que cobre todo o norte e nordeste do Brasil). Fiquei super empolgada, mas trabalhei sério, escrevi a matéria e gostei do resultado. Mas foi uma só. Afinal não era um estágio, apenas uma chance que tive, pois o jornal não tinha como enviar um repórter deles naquele época. Sorte!
Depois tiveram as aulas de Telejornalismo I e II, algumas passagens e matérias fictícias feitas na universidade mesmo, apresentação, edição e reportagem de dois telejornais. Estamos terminando Tele II agora, finalizando um programa e produzindo um vídeo de 5 minutos. Com todas as dificuldades de uma universidade pública, é claro.
Por fim , em maio desse ano junto com dois colegas de curso fizemos , como trabalho voluntário, o informativo da APAE de Vitória da Conquista.
Poucas coisas, para quem tem que aprender muito, pois quero seguir na profissão. Preciso de um estágio onde possa vivenciar o dia-a- dia dos jornalistas.
Se alguém souber de alguma coisa... Por favor, me fala!
A ficha caiu e eu já estou desesperada, faltam só dois semestres para eu me formar e me mandar para Salvador, mas se eu for assim, sem experiência... Acho que vou ter que me contentar com qualquer outro emprego menos com o de jornalista!
Socorrooooooooooooooooooo!